quarta-feira, 4 de julho de 2007

TUDO COMO DANTES

Coluna Cesar Valente ; 4/7/2007

Mesmo se a gente considerar a metralhadora giratória que o vereador cassado Juarez Silveira acionou na tribuna ontem como um desesperado esforço de defesa, vale a advertência de que há coisas que, por enquanto, foram apenas varridas para debaixo do tapete.

O princípio básico da corrupção é criar dificuldade para vender facilidade. Pois bem, todas as dificuldades criadas anteriormente, continuam intactas, nos diversos órgãos da prefeitura. Talvez tenha ocorrido uma ou outra medida isolada, mas não se conhece, nem da parte do prefeito, nem da parte da Câmara de Vereadores, nenhum esforço, programa ou medida saneadora de largo espectro.

A rigor, tudo o que acontecia no ano passado nos corredores e desvãos municipais, pode ocorrer agora. Se não precisamente hoje, mas amanhã ou depois. E embora os dois grandes empreendimentos (para cuja conclusão seus incorporadores estavam dispostos a fazer esforços extraordinários) estejam prontos, há outros em andamento ou sendo preparados. Dentro das mesmas dificuldades.

E ninguém acredita que, de todos os vereadores, apenas dois tenham se empenhado em ajudar amigos a ultrapassar as barreiras da burocracia municipal. E também nem começaram a mexer no vespeiro das alterações do Plano Diretor e outros ninhos de mafagafos, de onde não se tem idéia quantos mafagafinhos sairão. Ignora-se mesmo se alguém tem interesse em desmafagafizar os recônditos parlamentares.

Vamos considerar as duas cassações como um gesto de boa vontade. Entregaram-nos duas cabeças, para que a gente se acalme e os deixe trabalhar. Só que o serviço não terminou. Ainda falta muita faxina. Peguem seus baldes e esfregões e mãos à obra.

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