sábado, 14 de julho de 2007

Herança

Diário Catarinense ; Moacir Pereira ; 14/7/2007

Ao participar do Conversas Cruzadas, da TVCOM, Dário Berger foi contundente ao fazer o diagnóstico da prefeitura. Disse que recebeu "uma estrutura viciada, ultrapassada e inoperante". Não tem folga para melhorar os salários dos técnicos nem dos secretários, hoje recebendo apenas R$ 4,9 mil. Lamentou a impossibilidade de remover servidores ou aplicar penas disciplinares aos incompetentes e relapsos. São todos estáveis e irremovíveis.

De acordo com a sua avaliação, a crise da Operação Moeda Verde tem causas históricas. São muito antigas. A cidade tem a marca do mandonismo. Seus prefeitos, atrelados ao poder estadual ou dependentes de lideranças tradicionais. Há vícios enraizados nas relações políticas e empresariais. Critica os antecessores, "que deram as costas para a periferia". Teriam abandonado as comunidades carentes, ainda que elas estivessem bem próximas das elites, como o Maciço do Morro da Cruz.

Dário Berger vai jogar todas as fichas no social. Seu futuro, contudo, depende da Câmara Municipal, do inquérito da Polícia Federal e das investigações realizadas pela Procuradoria-Geral de Justiça. Estas são realizadas há mais de dois anos e incluem, também, as atividades dos vereadores.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial